Investigadores britânicos da Universidade de St Andrews, na Escócia, detectaram um "planeta em estágio embrionário", nos arredores do nosso Sistema Solar, que pode ter menos de dois mil anos.
A descoberta foi apresentada na Reunião Nacional de Astronomia da Grã-Bretanha, em Belfast, onde a equipe de astrónomos disse ter detectado, em volta de uma estrela, uma bola de pó e gás que possívelmente esta a transformar num planeta gigante.
De acordo com Jane Greaves, que liderou a investigação, esta descoberta foi uma grande surpresa. Ainda segundo a cientista, o crescimento do planeta pode ter sido desencadeado pela passagem de uma outra jovem estrela pelo sistema há cerca de 1,6 mil anos, tratando-se de um evento “incrivelmente recente"
O disco seria gigantesco e brilhante, o que o torna um local excelente para a procura por sinais de planetas em processo de formação.
Segundo os pesquisadores a imagem que eles conseguiram é a de um planeta primitivo, ainda envolto no material presente em seu nascimento.
Segundo um modelo de teoria, os planetas se formam de baixo para cima. Observando este cenário, as partículas de material rochoso colidem e "grudam" umas nas outras, formando um objeto cada vez maior.
Para Rice o planeta primitivo perto da estrela HL Tau se formou de maneira relativamente rápida quando uma região do disco sofreu um colapso, formando uma estrutura independente. Isto poderia ter ocorrido devido à instabilidade no próprio disco.
E, o mais intrigante, uma outra jovem estrela na mesma região, chamada XZ Tau, pode ter passado bem próxima da HL Tau, há cerca de 1,6 mil anos.
Apesar de isso não ser necessário para a formação de um novo planeta, é possível que a passagem desta estrela tenha perturbado o disco, tornando-o instável. E, em termos astronômicos, este evento é muito recente.
"É possível que (a estrela XZ Tau) tenha dado 'puxão' em um lado do disco em volta da HL Tau, o que fez com que ele ficasse instável, e este foi o 'gatilho' para que o planeta se formasse", disse Rice.
"Se o planeta foi formado nos últimos 1,6 mil anos, este evento seria incrivelmente recente", acrescentou o cientista. (Fonte: BBCBrasil)
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